sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Vampiro Americano

Sou uma fã inveterada de quadrinhos. Desde A Turma da Mônica até o cult Sandman, do mestre Neil Gaiman. Os quadrinhos me fascinam pela capacidade que têm de oferecer dois tipos de leitura simultâneas: a visual e a literal.Pois bem, há cerca de 4 meses, eu e meu namorado, Pietro, descobrimos uma série que estava para ser lançada pelo excelente selo Vertigo: Vampiro Americano. Não foi o título que me chamou atenção, nem mesmo o ser místico que o protagoniza, foi o roteirista. Nada mais, nada menos que Stephen King.
Assim que saiu a revista, corri até a banca, comprei meu exemplar e o devorei em minutos. Uma história densa, cheia de neologismos, e o melhor de tudo, sangue, muuuito sangue, ou seja, tudo o que se espera de vampiros de verdade.
Pearl e Sweet, os protagonistas da série, não são como os vampiros lendários, cheios de charme, sedutores, e às vezes até cheios de compaixão. Não. São seres humanos que se poderia dizer comuns, mas quando com sede viram monstros terríveis, com bocas horrendas e garras afiadas.
Sabe outra coisa legal de Vampiro Americano? O desenhista, Rafael Albuquerque, é brasileiro.
Vale a pena conseguir os exemplares que já foram publicados e ler esta deliciosa trama de terror em HQs.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"Rapte-me Camaleoa...

"...Adapte-me a uma cama boa
Capte-me uma mensagem à-toa"


Cortei o cabelo. Cheguei para o meu cabelereiro, e como na clássica cena do filme "Divã", falei: -Repíca tudoooo!
E ele fez. E o melhor de tudo, eu amei.
Amei porque adoro me reinventar. Amei porque nada é mais divertido ou surpreendente que descobrir que você fica bem de um jeito que achava que não ficaria.
Amei, por que sou camaleoa mesmo, e não nego.
E só quando você é um camaleão entende como é bom. Porque camaleões andam livremente por qualquer espaço, qualquer cor, qualquer textura.
O camaleão é feliz, porque a cada dia se vê diferente, e nestas diferenças, se descobre igual.
Bom ser cameleão. Bom ser inventivo a ponto de se redescobrir. Bom Fazer com que as pessoas te enxerguem diferente, apesar da sua essencia ser igual.

E pra você que curte música boa, o link do youtube da composição de Caetano que me inspirou para esta crônica: http://migre.me/3LuGO
(E desculpem esta blogueira que não conseguiu colocar o vídeo diretamente no post!)
l.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A cara do Medo

Medo. Sentimento comum à todos os seres humanos.
Tão comum que acaba por ser, juntamente com o afeto, a emoção mais essencial. O medo paralisa. O medo encoraja.
Duas faces de uma mesma moeda.
Sentimento complexo e antagônico, que pode
prejudicar, mas de uma estranha forma, auxiliar.
Medo que nos faz frágeis.
Medo que nos faz fortes.
Medo.
E dele derivam tantas outras coisas!
Angústia, desespero, solidão, tristeza, coragem...



"Você tem medo de quê? Você tem fome de quê?"

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Detalhes


*Foto tirada em passeio ao Morro do Osso, reserva natural localizada na zona sul de Porto Alegre


"Se procurar bem você acaba encontrando.
Não a explicação (duvidosa) da vida,
Mas a poesia (inexplicável) da vida.
"

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sobre amar e ser amado

Amar não é só dizer eu te amo!
Amar
 é doar seu tempo pra alguém, respeitar, cuidar, demonstrar carinho. É dar uns puxões de orelha quando necessário. É passar uma tarde inteira no sofá da sala. É deixar o namorado te ganhar no Mortal Kombat só pra ele ficar feliz. É passar uma noite inteira chorando e no outro dia, com a cara inchada ouvir ele dizer que você está linda.

Amar é não precisar fingir.
É acordar de ressaca, doente, na TPM e achar ele lindo. É bater e morder. E apanhar e ser mordida. E gostar! Amar é se deixar levar, se entregar como nunca antes. É fazer planos mirabolantes, e quando eles não derem certo, ter paciência e continuar sonhando. Amar é não se deixar abalar por pessoas insignificantes do passado, afinal o que passou, passou e serviu pra nos trazer até aqui. É se preocupar com o futuro, sem esquecer de aproveitar o presente com o melhor presente que Deus nos dá, que é o dom de amar!

Amar também é saber ser amado.
É usar a aliança que ele te deu, mesmo que você ache isso antigo e cafona. É explicar várias vezes com quem você vai voltar da casa da amiga. É aceitar uma rotina, uma família e amigos bem diferentes dos seus. Amar é andar de mãos dadas e deixar ele te guiar, mesmo que você não goste disso. É ouvir ele dizer que você pertence a ele e, mesmo que seu “eu interior” totalmente feminista ache isso um absurdo, concordar. É se sentir dele. É fazer parte e ser. Amar é saber ouvir um não, e esperar pacientemente o dia do sim.
Leticia Pereira


O amor não é submisso, nem egoísta. A paixão é. Talvez por isso ela não seja eterna, mas sim fulminante e limitada. Deus fez este sentimento com tanta perfeição, com tanto cuidado, que o resultado todos podem ver. Um amante é apenas metade de si sozinho. O amor é atemporal. Quando se ama, se ama sempre e pra sempre.




*Qualquer semelhança entre este post e o casal Pereira – Maxwell não é mera coincidência.

sábado, 22 de janeiro de 2011

A droga da responsabilidade

Fotografia por: Leticia Pereira
Não se atrase. Arrume a casa. Pague o aluguel, a conta de água, luz, internet...
Estude. Trabalhe. Não gaste muito, você não tem mais mesada.

                Tenho saudade da minha infância. Saudade do tempo em que minha maior dúvida era entre tomar banho de chuva, ou ficar em casa assistindo Castelo Rá Tim Bum. Minha maior preocupação era se no aniversário ia ganhar uma Barbie, uma bola. Só não queria roupas. É horrível ser criança e ganhar roupas de aniversário:
- Olha aqui, a tia trouxe uma blusinha pra você! Ahã, valeu tia.

                Perdemos metade da vida buscando a independência. Tem gente que cresce e brinca de fingir que não depende de ninguém. E isso é muito fácil. Saia da casa de seus pais e case com alguém. Pronto, você transferiu as rédeas para outra pessoa. Esse momento é comemorado em uma cerimônia chamada casamento.

Ser realmente e totalmente independente exige responsabilidade. E é aí que os problemas começam. E não terminam.  Parabéns, mamãe não manda mais em você, papai não te dá hora para chegar em casa. Agora vá dar um jeito na pilha de louça suja que está a uma semana encalhada na pia da cozinha. E não se esqueça de lavar a roupa. No banheiro, porque você é independente e ainda não conseguiu comprar uma máquina de lavar roupa. E não vale pedir de Natal. Seja forte!

Mas, depois de algum tempo você se acostuma. E gosta. Encontra alguém tão independente quanto você para dividir responsabilidades. E a rotina continua, e por incrível que pareça você não morre de tédio. Não se atrasar. Arrumar a casa. Pagar o aluguel, a conta de água, luz, internet...

*Na foto estão minha mãe (que sempre foi, e sempre será independente) e meu irmão (que ainda não é, mas um dia vai aprender a ser).

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Pop Festival Shakyra confirma turnê no Brasil



Foram confirmadas nesta quinta-feira (9) as datas das apresentações da cantora Shakira no Brasil, por meio de comunicado da assessoria de imprensa das empresas Mondo Entretenimento e Maior Entretenimento. Ela canta no dia 13 de março em Porto Alegre; dia 16 em Brasília; e 19 em São Paulo.
A popstar é a atração principal do Pop Music Festival, evento que vai trazer ao Brasil outros artistas internacionais da música pop.
Shakira já havia anunciado a turnê que faria pela América Latina em nota publicada em seu site oficial. Ainda não há informações sobre preços dos ingressos ou lugares das apresentações.
A dona de hits como "Hips don't lie" lançou neste mês seu disco “Sale el sol” e está em turnê pela Europa. Neste primeiro Pop Music Festival, a colombiana vai cantar as músicas que a fizeram vender mais de 50 milhões de discos durante toda a carreira. Nas próximas edições, ela vai assumir o papel de curadora do evento. As vendas de ingressos para o festival começam a partir do dia 15 de janeiro.
(Extraído do site G1)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

As gemialidades de Nelly

Neste momento minha grande amiga e colega de profissão Nelly Coelho está no hospital esperando pacientemente que a Bia e o Victor decidam, por capricho, conhecerem nosso tresloucado mundo.
Desculpem, mas era inevitável para mim escrever algo a respeito.
A maternidade é a coisa mais be
la e sagrada da natureza. Nada é mais miraculoso e fantástico que (ao contrario do que afirma a física) dois corpos dividirem o mesmo espaço, sendo que um deles é um simples projeto de vida.
Mas, confesso, tenho um pouco de dó dos pequeninos gêmeos. Porque? Porque a crueldade do ser humano não deveria permitir a perpetuação da espécie.
Chocante? Talvez, mas o fato é que o mundo tem se tornado cada dia mais um local inseguro, desconfiável e se aproximado mais de um terrível pesadelo imaginado por Stephen King.
Mas também não vou mentir. Quero ser mãe, qualquer mulher que tenha estrogênio correndo em suas veias quer. Mas vale a pena? Será que meus filhos merecem herdar um mundo caótico?
Certa vez escutei de uma amiga sábia que a coisa mais altruísta que existe é deixar de ter filhos.
O problema é que na maioria das vezes a natureza vence o bom senso.
Aos meus amiguinhos que logo nascerão, desejo a maior sorte do mundo, e que como a mãe deles, eles aprendam a não ter medo da vida.
Aos Gêmeos!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pessoas invisíveis


Você já parou pra observar aquele seu vizinho do fim da rua?
Já não percebeu que ele pode ser uma pessoa interessante?
Nada é mais misterioso e fascinante para mim do que o universo pessoal de cada pessoa. Muitas vezes me pego tentando imaginar as felicidades e tristezas, os Êxitos e fracassos de cada individuo que passa por mim.
Se você é um bom leitor sabe qual a sensação de passar por alguns livros e perceber que "
atrás da capa de cada um daqueles livros se abre um infinito universo para se explorar" (A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Záfon). Com pessoas é a mesma coisa. Cada uma que cruza meu caminho carrega uma bagagem de vida, muitas histórias e coisas em comum comigo e com você também, leitor(a).
Quero descobrir pelo menos uma ínfima parte das pessoas. Quero tornar pessoas reais em personagens semi-ficticios.
E é isso que vou fazer durante meus próximos posts; Mostrar a vida de alguns anônimos que passarão a ser personagens que podem agrada-los ou repugna-los.

Elucubrações


"Novo Aurélio? Mas, o livro era tão velho..."
        Sempre gostei de palavras. De sentir as palavras. Cada sílaba, cada acento, cada respiração entre uma e outra. Mas, é a definição que realmente me seduz. Aquelas filhas do latim deveriam ser pronunciadas com especial respeito. São senhoras mortas (coisa muito triste uma língua morrer).
        Usar bem as palavras é um dom, um charme concedido a poucos. Não me refiro a seres que exigem ser chamados de “doutores”, que fazem escorrer expressões desconhecidas de suas bocas, usadas para disfarçar a sua (pouca) inteligência. Respeito os que têm o dom do discurso, conhecem o alfabeto. Que acariciam nossos ouvidos com belas palavras, todas perfeitamente alinhadas dentro da frase. O resultado soa quase musical, harmônico.
        Foi da minha mãe que herdei essa paixão. Há alguns anos folheava, encantada, o maior livro da pequena biblioteca que ela mantém em casa. Não entendia o título: Novo Aurélio. Novo? Mas, o livro era tão velho...
        Folhear as páginas era pura magia. O repuxo daquele mar de verbetes me levava cada vez mais, e eu adorava exibir meus conhecimentos linguísticos.
 “Professora, não pude vir a aula ontem porque tive deutergia; gosto de ler livros históricos para não cometer anacronismos; queria ter a pele lioderme como a sua.”
        Era especialista também em xingamentos: ximbute, mentecapto, energúmeno, primata... Só parava quando as ameaças de defenestração da sala de aula começavam a se tornar sérias. Então, antes que considerem minhas tão amadas palavras um colóquio sonolento para gado bovino repousar, encerro minhas elucubrações, torcendo para não ter sido prolixa.