sábado, 30 de abril de 2011

Pelo Direito de Ser Feliz

Odeio homofóbicos.
Odeio porque não entendo como podem esxistir pessoas tão ignorantes e tapadas.
Odeio porque eles, em sua maioria SÃO gays que não tiveram a coragem de sair do armário e, por isso, tem medo do que os homossexuais representam.
Esta discussão anda na moda.
Quem é fã de Glee, por exemplo, sabe que na segunda temporada o brutamontes Karofsky persegue nosso querido Kurt pelo fato deste ser gay. Mas o que acontece quado Kurt o enfrenta? Surpreendentemente ele beija o garoto, mostrando que na verdade sua agressividade representa sua falta de coragem em assumir o que realmente é.
Para você, que lê este blog e é gay, lésbica, bi, ou que ainda não se assumiu, saibam: A melhor coisa do mundo é ser você mesmo. É lindo você não ter vergonha do que é, porque isto não é errado.
Ser feliz não é errado.
E para celebrar esta colcha de retalhos diferentes que é o mundo, uma música que cai bem com o assunto:


terça-feira, 19 de abril de 2011

Sobre as pedras que colhemos

Nada mais preciso do que a Lei de Murphy.
Meus últimos dias têm sido horríveis. Coisa ruim após coisa ruim.
O banco que desconta dinheiro a mais, a colega de trabalho que complica minha vida, minha sogra que parece me odiar a cada dia, a lente de contato que rasga, os problemas da minha família e a cereja do bolo, minha demissão do melhor lugar que já trabalhei na vida em conseqüência de uma situação na qual era inocente.
Tenho tudo pra desanimar, pra cair, e confesso que desvaneço, mas não baixo a cabeça.
Acredito em acaso, e sei que as coisas ruins fazem parte da vida e que tudo acontece por uma razão. Tudo está interligado.
Acho que cresci. Descubro-me cada vez mais mulher, dona do meu nariz, com responsabilidades, problemas, e que tem que enfrentá-los, embora não saiba bem como.
Tenho aprendido.
Aprendi que a paciência ganha da força, e que no final, apenas os justos e sábios ganham dos infortúnios que os perseguem (Bendito seja Brecht com seu conto mágico e meu professor Chico, que coincidentemente, na semana em que meus inúmeros desastres aconteceram, trabalhou com o mesmo).
Engoli sapos, como jamais imaginei que engoliria. Aguentei na carne a dor da desconfiança, a acusação mentirosa e a consequência esperada, justificada, compreendida, porém injusta.
No final das contas, apesar das coisas ruins, da frustração, do esgotamento psicológico e das lágrimas, estou orgulhosa de mim mesma.
Sou uma mulher forte, dona da minha vida, que consegue superar os obstáculos. Sou teimosa, não desisto, mas estou mais sábia, ponderada, paciente.
Afinal, quem ganha no fim, Davi ou Golias?

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dia do Beijo

Comemore o dia do beijo, beijando!


" A única linguagem verdadeira no mundo é o beijo"
Alfred de Musset

terça-feira, 12 de abril de 2011

Cultura Pra Alimentar a Alma, Não o Ego

Quero manifestar minha mais profunda tristeza pela cultura cachoeirense.
Dia desses, conversando com meu bom e velho amigo Rogerio Mielke, discutíamos sobre o panorama cultural de minha antiga cidade. Decadente, é a única palavra que pode dscrever tal situação.
Tenho orgulho de dizer que fiz parte de um movimento pró-cultural cachoeirense. Integrantes do grupo Fim da Linha foram vistos como contestadores da arte comercial e repetitiva que circulava na cidade, fomos rebeldes, vanguardistas, provocadores.
Nosso grupo, de forma muito natural, passou a ser a âncora de uma nova forma de arte que nascia na cidade.
Peças fortes, com temas polêmicos, que cutucavam a mente dos espectadores.
Alçamos vôo. Mostramos ao que viemos. Conquistamos território, levando sempre o nome de Cachoeira do Sul.
Mas infelizmente o grupo acabou. Depois disso, alguns poucos sobreviventes tentaram levar a arte de forma corajosa ao povo, mas o tempo acabou por separar-nos.
O que restou? Nada. Da força não ficou nada.
As artes voltaram a ser banalizadas, o ego voltou a reinar com a politica de que a nobreza do nome, ou a fama do dinheiro é melhor que o conteúdo da arte sincera.
Aos cidadãos cachoeirenses pergunto: É isso que vocês querem? Uma arte mastigada? Uma pseudo-arte? Vocês querem pensar ou se deixar levar?
Àqueles que responderam NÃO a maioria das perguntas, eu convido a lutar, a fazer a diferença.
Você escreve poemas? PUBLIQUE-OS!
Você compõe musicas? CANTE-AS!
Você encena? ATUE!

Vamos juntos lutar por uma Cachoeira mais culta, mais formadora de opiniões e mais inteligente!



*Antigo Grupo de Teatro Fim da Linha, coordenado pela Maravilhosa e inesquecível Bebel (No centro, abaixada)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quinta-Feira, 7 de Abril de 2011, 8h:30min

O que você estava fazendo? Dormia? Sonhava? No Rio de Janeiro, naquele momento, sonhos eram interrompidos.

Wellington Menezes de Oliveira. 23 anos. Cursou o ensino fundamental de 1999 a 2002, bom estudante, nunca repetiu de ano. Filho adotivo, caçula de cinco irmãos. O pai morreu há cinco anos e a mãe, há dois. Em 2008, ele trabalhou no almoxarifado de uma fábrica de salsichas. O jovem pediu demissão em agosto do ano passado. Segundo funcionários, era um jovem de poucas palavras.

Ontem, ele retornou a sua antiga escola, Escola Municipal Tasso de Oliveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, conversou com uma antiga professora atirou em salas de aula lotadas e depois se matou. Levou consigo 12 crianças. Em uma carta deixou instruções para seu enterro   “Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas”.


"Sempre tímido, aquele mesmo comportamento calado, nunca foi de ter amizade. Uma vez ou outra jogava bola aqui, mas era muito difícil. De uns tempos para cá nem isso", contou a vizinha Vanessa Nascimento. "Ele saía e não falava com ninguém: era de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Não falava com ninguém. Era ele no mundo dele", relatou outra vizinha. "Só curtia internet, como falava. Ele ficava só na internet, mais nada", comentou o vizinho Fábio dos Santos.

Há 8 meses, Wellington se mudou para outra casa, em Sepetiba, também na Zona Oeste do Rio. O imóvel foi herança do pai: “existem instituições pobres, financiadas por pessoas generosas que cuidam de animais abandonados, eu quero que esse espaço onde eu passei meus últimos meses seja doado a uma dessas instituições, pois os animais são seres muito desprezados e precisam muito mais de proteção e carinho do que os seres humanos que possuem a vantagem de poder se comunicar” (…)

Não entendo o que o motivou a fazer isso. Bullying? Religião? Doença? Nada é motivo para tamanha atrocidade. O que estava dentro daquele jovem, que pode ser qualquer um, ainda está solto. O que ele carregou consigo a vida inteira ainda está presente. Pulsando. Ontem chorei pela dor de pessoas que nem conheço. Chorei pelo mundo.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Nos tempos do João Neves

Hoje, trocando emails com minha grande amiga e companheira de blog, Letícia, senti saudades de uma época não tão passada; Meus tempos de João Neves (a amada escola em que estudei por muitos anos e na qual concluí meu ensino básico).
Fortes foram as amizades que por lá fiz, as situações engraçadas, os estudos, as colas na prova...
Conheci pessoas que serão eternas no meu coração, como a Beth, nossa eterna vice-diretora, aMariângela, que por muito tempo foi
orientadora pedagógica, o Getúlio, meu ilustríssimo professor de História que também foi meu tutor, meus colegas de farra, Azedo, Fábio, Padeiro, Sancho, Jurandir, Pinta...
Não posso deixar de citar minha super liga de amigas, que até hoje, apesar da distância que nos separa, continuam presentes na minha vida; Mari, Letiele, Cris, Fernanda, Lu, Cássia, Indi...
Por lá também começaram amizades homéricas, com pessoas que serão eternas em minha vida: Bebel, Taci e, claro, Lethy.
Foi lá que passei meus momentos felizes, que vivi rodeada de amigos, que aprendi coisas da vida, que decidi minha profissão.
Foi com todas estas pessoas aqui citadas que aprendi a viver, que descobri o que é importante na vida, que fui feliz.
À todos estes saudosos amigos, minha gratidão por me darem um pouco do melhor.

*Um dos momentos mais clássicos de qualquer turma de terceiro ano no meu adorado João Neves, quando os meninos se vestem com as roupas das meninas e vice-versa.