terça-feira, 19 de abril de 2011

Sobre as pedras que colhemos

Nada mais preciso do que a Lei de Murphy.
Meus últimos dias têm sido horríveis. Coisa ruim após coisa ruim.
O banco que desconta dinheiro a mais, a colega de trabalho que complica minha vida, minha sogra que parece me odiar a cada dia, a lente de contato que rasga, os problemas da minha família e a cereja do bolo, minha demissão do melhor lugar que já trabalhei na vida em conseqüência de uma situação na qual era inocente.
Tenho tudo pra desanimar, pra cair, e confesso que desvaneço, mas não baixo a cabeça.
Acredito em acaso, e sei que as coisas ruins fazem parte da vida e que tudo acontece por uma razão. Tudo está interligado.
Acho que cresci. Descubro-me cada vez mais mulher, dona do meu nariz, com responsabilidades, problemas, e que tem que enfrentá-los, embora não saiba bem como.
Tenho aprendido.
Aprendi que a paciência ganha da força, e que no final, apenas os justos e sábios ganham dos infortúnios que os perseguem (Bendito seja Brecht com seu conto mágico e meu professor Chico, que coincidentemente, na semana em que meus inúmeros desastres aconteceram, trabalhou com o mesmo).
Engoli sapos, como jamais imaginei que engoliria. Aguentei na carne a dor da desconfiança, a acusação mentirosa e a consequência esperada, justificada, compreendida, porém injusta.
No final das contas, apesar das coisas ruins, da frustração, do esgotamento psicológico e das lágrimas, estou orgulhosa de mim mesma.
Sou uma mulher forte, dona da minha vida, que consegue superar os obstáculos. Sou teimosa, não desisto, mas estou mais sábia, ponderada, paciente.
Afinal, quem ganha no fim, Davi ou Golias?

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