terça-feira, 12 de abril de 2011

Cultura Pra Alimentar a Alma, Não o Ego

Quero manifestar minha mais profunda tristeza pela cultura cachoeirense.
Dia desses, conversando com meu bom e velho amigo Rogerio Mielke, discutíamos sobre o panorama cultural de minha antiga cidade. Decadente, é a única palavra que pode dscrever tal situação.
Tenho orgulho de dizer que fiz parte de um movimento pró-cultural cachoeirense. Integrantes do grupo Fim da Linha foram vistos como contestadores da arte comercial e repetitiva que circulava na cidade, fomos rebeldes, vanguardistas, provocadores.
Nosso grupo, de forma muito natural, passou a ser a âncora de uma nova forma de arte que nascia na cidade.
Peças fortes, com temas polêmicos, que cutucavam a mente dos espectadores.
Alçamos vôo. Mostramos ao que viemos. Conquistamos território, levando sempre o nome de Cachoeira do Sul.
Mas infelizmente o grupo acabou. Depois disso, alguns poucos sobreviventes tentaram levar a arte de forma corajosa ao povo, mas o tempo acabou por separar-nos.
O que restou? Nada. Da força não ficou nada.
As artes voltaram a ser banalizadas, o ego voltou a reinar com a politica de que a nobreza do nome, ou a fama do dinheiro é melhor que o conteúdo da arte sincera.
Aos cidadãos cachoeirenses pergunto: É isso que vocês querem? Uma arte mastigada? Uma pseudo-arte? Vocês querem pensar ou se deixar levar?
Àqueles que responderam NÃO a maioria das perguntas, eu convido a lutar, a fazer a diferença.
Você escreve poemas? PUBLIQUE-OS!
Você compõe musicas? CANTE-AS!
Você encena? ATUE!

Vamos juntos lutar por uma Cachoeira mais culta, mais formadora de opiniões e mais inteligente!



*Antigo Grupo de Teatro Fim da Linha, coordenado pela Maravilhosa e inesquecível Bebel (No centro, abaixada)

2 comentários:

Faça duas blogueiras felizes: comente este post!