segunda-feira, 9 de maio de 2011

Acho que a vida é uma árvore

A de algumas pessoas tem raízes profundas, firmes, fixas. Outras têm raízes pequenas, que adoram dançar pela terra, sempre buscando o lado mais ensolarado.  Algumas raízes se encontram, ganham força se entrelaçando umas as outras. Algumas buscam desesperadamente por isso, e acabam não encontrando, ou encontram, superficialmente. Nem sempre os encontros são sinceros, ou definitivos. Mas, todas correm o risco. Quem disse que árvores não tem medo de solidão?
Tem aquelas que se curvam ao menor vento e tem as que não se abalam por nada. As que têm um caule forte abrigam muitas outras nele. Algumas são felizes assim, outras nem tanto. Surgem então folhas e vidas secas. As árvores são sensíveis a parasitas.
Cada uma tem a quantidade de galhos que merece, ou que aguenta. Tarefa difícil essa. Imagine equilibrar igualmente todos aqueles galhos? A árvore pode estar muito bem, aproveitando a brisa, sem perceber que um galho está prestes a cair, que outro está apodrecendo, que aquele mais novo está machucado. As árvores não vivem sem equilíbrio.
E as folhas? Se eu fosse uma árvore minhas folhas seriam soltas! Queria que elas voassem pelo mundo, levando pra todo lugar um pedacinho de mim. As árvores sempre se deixam levar pelo vento.

* O vídeo é parte de um documentário especial da National Geographic sobre as melhores fotografias publicadas. O fotógrafo Michael Nichols fotografou uma Sequoia milenar, na Califórnia, com 90m de altura. Foram tiradas 84 fotos para compor o mosaico, que forma a árvore inteira.

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