domingo, 15 de maio de 2011

Falamos o Novo Latim


"Um livro de português distribuído pelo Ministério da Educação (MEC) para quase meio milhão de alunos defende que a maneira como as pessoas usam a língua deixe de ser classificada como certa ou errada e passe a ser considerada adequada ou inadequada, dependendo da situação."

(Site do Jornal Nacional: http://migre.me/4y7Vr)

Saiu em vários meios de comunicação e causou polêmica. Como pode o Ministério da Educação admitir que a gramática seja desvalorizada e que nós, meros mortais, deixemos de ser seus escravos?
Pois bem, sei que isto causará frisson e descontentamento, mas faço prevalecer o direito de opinião: concordo com o MEC.
Porque? porque a lingua portuguesa é, em sua maior parte, obsoleta.
Quem de nós usa nossa língua com todo seu esplendor no vocabulário cotidiano? Ninguém.
E, num país em que grande parte da população é analfabeta funcional, o que prevalece, o uso parnasiano e formal da linguagem ou sua praticidade, ainda que errônea, m
as que consegue comunicar?
Afinal, vale mais a bela e perfeita orátoria que nada diz, ou a gíria, que consegue "enviar" a mensagem?
Isto me faz lembrar um texto do escritos Luís Fernando Veríssimo, onde o mesmo afirma que "A linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de
princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo."
O Português, caros leitores, é um idioma condenado à morte.
Quem viver verá...



Um comentário:

  1. Esse trecho que tu citou do Veríssimo é do Gigolo das Palavras. Engraçado que logo que comecei a ler tua crônica, pensei nele! Encerrando, ele afirma: A Gramática precisa apanhar todos os dias pra saber quem é que manda.
    Muito bom o texto dele, e muito bom o teu.

    http://www.vitalves.com/2010/06/o-gigolo-das-palavras-luis-fernando.html

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