quinta-feira, 10 de março de 2011

A Inimiga dos Três Irmãos

Existe algo a espreita.

Segue-me com sua capa negra, seus olhos de meia-noite, seu hálito de nada.

Há algo escondido em cantos escuros.

Procura-me como quem fareja a vida, corre como quem domina o vento.

Habita nos sonhos, nas mentes e nos âmagos de qualquer vivente.

Assusta. Encanta. Atemoriza e fascina.

É manso como as águas de um riacho, e furioso como um tufão.

Se faz presente, se faz ausente.

Aparece, mas não tem carne.

Desaparece, mas não vira pó.

Nos carrega, nos liberta, nos prende.

Não discrimina, Não tem preferência.

Escolhe a todos, cada um em seu momento.

Ama-nos e odeia-nos.

É como um Deus, ou uma Deusa,

Na verdade isto é irrelevante.

Importa-nos apenas sua Imortalidade sarcástica.


*Porque no fim só o que restam são as rochas, tristes e solitárias


Um comentário:

  1. Gostei muito do jeito que escreves.
    Parabéns pelo blog!
    bjs
    e se quiser, me visite
    http://alessandra-ssouza.blogspot.com/

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